quarta-feira, 30 de julho de 2008

Química pura


Claire Colburn: Most of the sex I've had in my life was not as personal as that kiss.

O peso das palavras

Quem me conhece sabe que sou fanática por diálogos. Não consigo evitá-lo! Seja num filme, num livro, numa série ou até num anúncio, são eles que me chamam a atenção. Uns, de tão maus, outros, soberbos ao ponto de invejar o seu autor. Dou comigo a remoer palavra por palavra e a pensar "quem me dera ter sido eu a lembrar-me disto!". Um bom exemplo é Laura (1944), de Otto Preminger, que vi pela primeira vez numa aula de produção cinematográfica. Os diálogos são um deleite, com uma ou outra tirada de humor inteligente e um jogo de sedução quase imperceptível. Muito anos quarenta, muito golden era. Em miúda, acreditava piamente que as pessoas crescidas falavam sempre assim. Com classe, charme e uma ironia acutilante. Cresci a acreditar que uma mulher que se preze nunca mostra as cartas todas como as heroínas dessa Hollywood perdida e toma conta do rumo da sua história sem que ninguém se aperceba. E estas personagens virtuosas foram, sem dúvida, o principal objecto de admiração da minha meninice. Os guiões eram escritos à sua medida e acontecesse o que acontecesse saíam sempre vitoriosas ou porque se emancipavam do marido tirano ou porque conseguiam vingar profissionalmente ou porque contrariavam o estereótipo que a sociedade tinha criado para elas. Foi por elas que me apaixonei pelo cinema e, logo depois, pelos diálogos em geral.
Tudo isto vem a propósito de Elizabethtown, que revi ontem no conforto do meu sofá. A princípio estava com algum receio de me desiludir. Quando o vi pela primeira vez, estava tão deslumbrada e com ímpetos românticos tão incontroláveis quanto frequentes, que não me sentia capaz de tecer um juízo racional. É verdade que o tema central é o recorrente regresso a casa, mas ninguém fica indiferente à cumplicidade de Drew e Claire e o fim adivinha-se facilmente. Ainda assim é uma verdadeira lufada de ar fresco no seu género. E o que o separa das comédias românticas que já vimos dezenas de vezes? As personagens não são meras caricaturas, são sólidas e evoluem de dentro para fora. E, claro, os diálogos! Inesperados, encenados o quanto baste, mas perfeitamente credíveis. O suficiente para me dar vontade de dizer: "quem me dera ter sido eu a escrever isto!"

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Quero!


Já não subo em cima de uma beleza destas há quase um ano e sou mais surfista de areia do que outra coisa. Mas será que dá para resistir a uma prancha Chanel? É o cúmulo do luxo supérfluo!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

A Mudança

Parece que vou mudar (outra vez) de casa! Desde que aterrei de pára-quedas em Lisboa em 2001, já vivi em cinco casas. A primeira ficava na Quinta da Luz perto do Colombo. Eu vinha cheia de sonhos e com vontade de conquistar este mundo e o outro e depressa me apaixonei pela cidade. Dividia o quarto com a M. e na casa viviam também a mosca morta e o monstro das bolachas. A convivência não era pacífica e a coisa azedou a sério ao fim de três meses, quando descobrimos que afinal a renda ia passar para o dobro e o monstro das bolachas começou a mostrar as suas garras. Bizarro, no mínimo! Claro que em Janeiro quartos de estudante acessíveis era coisa que não abundava e não tive outro remédio senão ir para o Barreiro para casa dos meus tios, mais propriamente para um anexo amplo no terceiro andar só para mim e muito confortável. Esta segunda experiência foi muito mais agradável, mas eu estava apaixonada por Lisboa e havia um rio a separar-nos. Lá tive de aguentar a travessia de barco durante um semestre, enquanto a minha tia me estragava com mimos e a melhor comida do mundo. No segundo ano, mudei-me com a E. para a Av. 5 de Outubro. Aquilo é que era qualidade de vida: demorava cinco minutos a chegar à faculdade se apanhasse todos os sinais de peões vermelhos, um acidente, um autocarro a largar passageiros e uma velhinha a precisar de ajuda para atravessar a estrada! Tinha tudo a um passo de casa, desde o Monumental até às lojas do Saldanha. E depois era tão fácil combinar saídas com a malta da faculdade! Ia tudo ter a minha casa. Na Primavera, as árvores enchiam-se de flores, ao fim-de-semana, a rua ficava serena e à noite andava a pé sózinha sem medo. Eu e a E. dávamo-nos lindamente e até tive direito a uma festa de aniversário surpresa naquela casa. Um ano e meio depois, troquei a 5 de Outubro pela Calle Borja, em Madrid. Em vez de um minúsculo T1 transformado em T3, fui para um T5 duplex, que também tinha sido transformado para albergar seis estudantes e a proprietária. Ali vivi com duas lisboetas, uma brasileira, uma mexicana cleptomaníaca, duas francesas de origem árabe, que nos detestavam a todas e uma espanhola, a senhoria e matriarca Pilar. Era uma casa fabulosa com um terraço espaçoso, onde faziamos grandes jantaradas de Erasmus, uma sala enorme com uma panóplia de livros e dvds, onde devorávamos as séries da Factoria de Ficción e dezenas de bolachas de uma só vez, e um ambiente único. Esta seria a minha quarta casa, mas como foi fora de Lisboa não conta. De volta a Portugal, fui procurar casa com a R., porque a E. continuava na 5 de Outubro e já não havia lá espaço para mim. Fui parar novamente a Benfica, a um T2 transformado à força em T3 e não foi fácil habituar-me outra vez a um espaço tão exíguo e ainda por cima sem sala. Era o último ano da faculdade e nós queríamos aproveitá-lo a valer. Naquele número 68, riu-se muito, chorou-se muito e mudou-se muito. Crescemos, começámos a trabalhar e eu voltei a apaixonar-me e a mudar de casa. A R. foi viver com a N. e eu fui para um T2 a sério no mesmo bairro. Lá viviam duas amigas que dividiam um dos quartos, passavam a maior parte do tempo na terrinha e estavam prestes a deixar a capital. Aos poucos, fui transformando a casa à minha imagem e semelhança e o D. também se foi apoderando um pouco do espaço. Mas como em todas as histórias não há bela sem senão, o senhorio é uma personagem difícil de dobrar e ainda mais difícil de engolir. Depois de muitas divergências, cheguei à conclusão que é hora de sair. E, desta vez, além de boa, tem de ser MINHA!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O meu Chiado


No Chiado, a tradição abraça a vanguarda. O Tavares, A Brasileira e as ruínas do Carmo convivem pacificamente com o Olivier, o Mar Adentro e o Museu do Chiado. Nas ruas, misturam-se culturas, línguas e cores. Visita-se o passado n’A Vida Portuguesa, folheiam-se histórias na Bertrand, declaram-se amores no Amo-te. Provam-se sabores tipicamente nossos e de outros. Os scones do Royale Café, os gyosas do Nood, o bife da Brasserie de L’Entrecôte, os croissants da Bernard, os lanches do Tágide. Contempla-se o pulsar da cidade e o brilho do Tejo do terraço do Bairro Alto Hotel. A rua Nova do Almada e a Garrett são palco de um desfile diário, onde as tendências da moda que figuram nas montras ganham vida. O teatro, a música e a ópera entram em cena no São Luiz, no Teatro-Estúdio Mário Viegas e no São Carlos. Para mim, todos os dias são dias de Chiado!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Séries de ouro

Hollywood que se ponha a pau!

Imagine que ligava a televisão e as séries americanas tinham desaparecido da programação. Provavelmente, não acharia grande piada até porque as grelhas dos canais nacionais estão cheias de formatos importados de países como a Argentina e o México muito pouco estimulantes. Se é certo que a falta de opções tem dado lugar a uma aposta crescente em grandes sucessos made in USA, a verdade é que a sua inegável qualidade conquistou de vez os espectadores. E, sinceramente, quem é que consegue imaginar a televisão sem House, Anatomia de Grey, Donas de Casa Desesperadas, Prision Break, 24, CSI, Perdidos, Simpsons, Heroes e toda a panóplia de séries extraordinárias com selo norte-americano que têm chegado até nós?
Podíamos dizer que eles têm dinheiro, tecnologia e experiência; que têm um autêntico viveiro de actores; que importam autores dos quatro cantos do mundo. Mas em qualquer um dos casos estaríamos a ser injustos. Os Estados Unidos têm o mérito (ou pelo menos a esperteza) de apostar nos recursos nacionais e aproveitar o que lhes chega de fora. E o resultado são guiões inteligentes e até com um certo grau de experimentalismo - como é o caso da sitcom de culto Seinfield -, uma realização muito técnica próxima do cinema, uma produção exemplar e a formação de actores sólidos, que têm espaço para crescer no pequeno ecrã. É claro que tudo isto só é possível, porque os canais privados de cabo começaram a fabricar os seus próprios produtos, mais livres e arrojados do que se fazia até então. O que abriu terreno para séries ousadas como O Sexo e a Cidade, polémicas como Os Sopranos ou 24 e hilariantes como Calma, Larry. Daí para o renascimento televisivo norte-americano foram apenas alguns passos acertados.
A fórmula do sucesso não é tão misteriosa nem tão inalcançável quanto se possa pensar. Aliás, a simplicidade e originalidade são o segredo de todos estes produtos. Senão vejamos o exemplo de House, Scrubs e Anatomia de Grey. Quando ER: Serviço de Urgência parecia ter esgotado todas as formas possíveis de abordar o quotidiano de um hospital, surgem três perspectivas completamente distintas. No primeiro, temos um médico pouco convencional e muito sarcástico que encara os pacientes como um mero desafio; no segundo, acompanhamos as aventuras e desventuras de um interno que parece viver noutra dimensão; e, no terceiro, as emoções da equipa de médicos roubam o protagonismo aos casos clínicos. Um exemplo entre muitos que comprova que nenhum tema está realmente esgotado. Outro caso interessante é o de Perdidos, que parte de um conceito extremamente simples – um grupo de pessoas tenta sobreviver numa ilha depois de um desastre de avião – e conta já com três temporadas.
Quanto a mim, parece-me que o maior salto qualitativo das séries americanas deu-se ao nível da escrita. Os argumentos são cada vez mais sólidos e coerentes, as personagem fogem dos estereótipos e ganham uma dimensão humana que cria empatia no espectador e até para o non sense parece haver lugar.
Depois de décadas menos felizes, há quem diga que actualmente se encontra mais talento em estações televisivas como a HBO ou a ABC do que em todos os estúdios de Hollywood. O que nos faz recuar até a década de 50, quando a televisão levou o cinema até casa dos americanos e havia uma espécie de euforia criativa nestes dois mundos. Esperemos só que a qualidade se mantenha...e seja contagiosa!

Hoje, no Músicas Com História

Acompanho este (e outros) programas da Antena 3 quase religiosamente. Assim como o Long Play da Marginal e outros tantos da Oxigénio. Gosto mais de rádio do que de televisão. Gosto de me deixar conduzir pelas vozes no meio do trânsito. De imaginar os rostos dos locutores, de os sentir como familiares próximos, de descobrir coisas novas e correr para o computador para pesquisar. A caixinha mágica não me dá tantas surpresas e até as notícias me sabem melhor na telefonia do que no ecrã colorido. Pelo menos nenhum noticiário radiofónico abre com a Dona Lurdinhas de Sobral de Monte Agraço a contar como partiu uma perna por causa de um buraco na calçada. É verdade que não dispenso uma boa maratona de séries de vez em quando e a sessão dupla da RTP 2 sempre que posso, mas de resto pouco há no pequeno ecrã que me encha as medidas.

Tudo isto para dizer que hoje de manhã no Músicas Com História recordaram a Fast As You Can da Fiona Apple. Uma autêntica banda sonora de um amor conturbado que me acompanhou bastante há um par de anos atrás. Enjoy it!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Moral da história

Quem poupa o lobo, sacrifica as ovelhas. Já dizia Victor Hugo (1802-1885)

Fé em Deus!


Ontem, foi noite de cinema after-hours. O BOPE entrou-me pelos olhos, cabeça, entranhas adentro. Atirou a matar. Atirou para limpar a sujidade da favela. Atirou contra o lobo mau. Atirou ao som do choro das criancinhas. Atirou para as mães dormirem descansadas e poderem enterrar os seus filhos. Atirou porque o comando não é só "consciência social". Atirou porque a polícia municipal faz vista grossa. Atirou porque os filhinhos de papai gostam de brincar de traficante na Universidade. Atirou para não morrer.

(Lembrei-me do assalto. Dos putos escanzelados com cara de criança e voz de monstro. Do olhar esgazeado da dependência. Da violência das palavras e dos gestos. Do perigo eminente, da garrafa partida apontada à minha barriga, do medo aterrador. Lembrei-me da força que as minhas pernas ganharam quando me consegui soltar. De não olhar sequer para trás. De ficar sem fôlego e de as palavras tropeçarem nas lágrimas e nos soluços. Da indiferença da polícia turística. Da raiva e do calor húmido de Natal.)

Cheguei a casa tarde mas desperta. Com realidade a mais a sair-me pelos poros. Antes de adormecer, pensei que não passava de um exercício de ficção brilhante. O problema é que o que para mim é entretenimento puro ou quanto muito uma lição de sociologia é o dia-a-dia de milhares de pessoas do outro lado do Atlântico. Uma guerra aberta sem fim à vista e onde todos são culpados. De uma forma ou de outra. Os aviõezinhos ou fogueteiros começam desde cedo a vender maconha, pó ou o que quer que seja. Para sustentar a família, no início, para sustentar o vício, pouco depois. E é aqui que começa a perversidade: os grandes dão-lhes um empurrão para que fiquem agarrados e o ganha-pão transforma-se em produto consumível. Seguem-se os roubos, porque os traficantes não perdoam e o dinheiro tem que aparecer custe o que custar. Depois, tal como mostra o filme, os consumidores também têm culpas no cartório. Afinal, são eles que alimentam toda esta cadeia. E, claro, a polícia entra no jogo, facilitando a vida aos patrões do ghetto em troca da sua pele a salvo e de uns bons contos de rei. Haverá excepções certamente, mas o filme mostra que esta instituição está corrumpida até ao tutano. A precaridade salarial, os perigos a que estão sujeitos a troco de nada e a filha-da-putice pura são apresentadas como as causas para o estado das coisas. Os policias são seres humanos que têm medo de morrer, pais de família com filhos para sustentar, profissionais desmotivados que não acreditam na mudança. Resta o Batalhão de Operações Policiais Especiais, os homens de negro duros de roer e incorruptíveis. Actuam quando os outros falham e não compactuam com o sistema, porque eles ainda acreditam que podem fazer a diferença.
O filme começa com o BOPE a irromper pela favela ao som do Baile Funk . O ritmo é frenético e a câmara acompanha cada movimento, levando-nos para dentro de cena. Sentimos a angústia dos únicos dois polícias honestos do Rio e seguimos a par e passo a entrada triunfal dos homens de negro. Sente-se quase o bater do coração das personagens, a respiração ofegante, o terror dos civis. Assistimos a um rol de horrores como se de um espectáculo se tratasse e se não fosse a narração compassada do Capitão Nascimento as imagens tornar-se-iam insuportáveis. Ele é a voz da consciência. Conduz-nos através do desenrolar dos acontecimentos, abre o coração, confessa os seus próprios erros. Vemos a relidade como ele a vê, uma parte dela, uma verdade possível, uma verdade polémica o quanto baste. É por isso que Tropa de Elite é um produto ficcional e não um documentário. Genialmente realizado, interpretado e editado. E, cá entre nós, uma excelente amostra do bom cinema na língua de Camões que por lá se faz!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O deboche

"A comunidade cigana lança um ultimato ao Governo e à Câmara de Loures. Se a situação das famílias ciganas da Quinta da Fonte não for resolvida até final da semana, vai haver uma concentração de ciganos de todo o país no bairro. O anúncio foi feito, no domingo, por José Fernandes, porta-voz da comunidade.

José Fernandes pede o realojamento das 53 famílias em Lisboa e diz que, para resolver o problema, a Câmara de Loures e o Governo têm uma semana.

As famílias visitaram o bairro, este domingo, sob escolta policial, mas dizem não ter encontrado a segurança necessária para o regresso definitivo. Em comunicado, dizem que voltar à Quinta da Fonte está «fora de questão» e vão continuar em frente à Câmara de Loures. O presidente da autarquia diz não compreender porque é que as famílias não regressam a casa e apela ao «bom senso»."

TVI, 21.07.08

Ode à autenticidade

Adoro tudo no último anúncio da Super Bock. A cadência das imagens, a luz diáfana, a fotografia propositadamente imperfeita, a música ao ritmo da pulsação, o arrepio na espinha que me provoca. Tudo está feito para captar aquele momento único, irrepetível e eterno. E cumpre em pleno. Aqui fica a versão do realizador.

Detesto...


...a prepotência masculina em geral. Mascarada de insegurança e amuanço, por vezes, completamente descarada outras tantas. Por trás daquele tom paternalista, daquela mão mansa que nos passam pela cabeça ou daquele irritante ar reprovador, esconde-se a velha mania de mandar a todo o custo. Ainda assim prefiro os homens de pulso firme e decididos. Ao menos não disfarçam e num duelo entre dois grandes egos ninguém tem de se curvar. Com um pouco de sorte, acabam por mostrar ambos a bandeira branca e o cessar fogo é muito mais agradável do que uma guerra fria e silenciosa. Os outros, mais vulneráveis e dependentes, gostam de se fazer de vítimas. E isso, meus senhores, é jogo sujo!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Quero!


Este é o meu mais recente desejo de posse. Assim que o descobri - há um mês e qualquer coisa - o meu espírito estremeceu e tive vontade de saltar da cadeira e correr a comprá-lo. Valores mais altos se levantaram e tive de conter o meu impulso até agora. A comprar brevemente através do site www.fogefogebandido.com.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Até breve, Bob!


You got a lotta nerve / To say you are my friend / When I was down / You just stood there grinning
You got a lotta nerve / To say you got a helping hand to lend / You just want to be on / The side that's winning
You say I let you down / You know it's not like that / If you're so hurt / Why then don't you show it
You say you lost your faith / But that's not where it's at / You had no faith to lose / And you know it
I know the reason / That you talk behind my back / I used to be among the crowd / You're in with
Do you take me for such a fool / To think I'd make contact / With the one who tries to hide/ What he don't know to begin with
You see me on the street / You always act surprised / You say, "How are you?" "Good luck" / But you don't mean it
When you know as well as me / You'd rather see me paralyzed / Why don't you just come out once / And scream it
No, I do not feel that good / When I see the heartbreaks you embrace / If I was a master thief / Perhaps I'd rob them
And now I know you're dissatisfied / With your position and your place / Don't you understand / It's not my problem
I wish that for just one time / You could stand inside my shoes / And just for that one moment / I could be you
Yes, I wish that for just one time / You could stand inside my shoes/ You'd know what a drag it is / To see you

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Two For The Road

O filme que eu DEVIA ver hoje... Podia ser que aprendesse alguma coisa. Ou talvez não...

BA-NA-NA

Porque o Lou está cada vez mais perto do Campo Pequeno, aqui fica Heroin, uma verdadeira obra poética que condenou os The Velvet Underground à vida eterna! Por cá, Reed comemorará os 35 anos de Berlin, uma espécie de ópera rock trágica, que lhe saiu das entranhas numa altura em que lutava contra a depresão e o abuso de drogas. O coro New London Children's Choir também vai subir ao palco para ajudar à festa. Tudo a 19 de Julho, às 21h30. Ah, e esta dificilmente fará parte do alinhamento, so enjoy it!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Ordem para abrandar


Enquanto a maioria de nós se perde no meio de uma agenda cheia de compromissos inadiáveis, reuniões e objectivos a cumprir, há quem comece a tirar partido da vida. Sim, porque mais de metade da população deste planeta mais não faz do que sobreviver! Embrenhados num mar insano, movidos pela lógica do cifrão, da aparência e da produtividade, esquecemo-nos das coisas mais simples. E será que realmente nos importamos? Às vezes, parece pecado admitir que temos tempo. Tempo para um café com amigos, tempo para ler, tempo para errar estrada fora. No "nosso mundinho", fica melhor dizer que estamos assoberbadíssimos (alguns, de facto, estarão), que mal conseguimos ter vida pessoal, que aquele jantar tem de ficar para daí a três meses, que temos em mãos um novo projecto e precisamos de enclausurar-nos em casa, e por aí fora. A um passo de nós, começa a crescer uma pequena minoria - na Austrália, em algumas nações nórdicas e um pouco por todo o lado - que decidiu gritar BASTA! a este ritmo frenético. Alguns somavam sucessos profissionais, tinham cargos de relevo, carreiras invejáveis...e vidas vazias. Quis a vida, ou por outra, quiseram eles que o rumo das suas histórias mudassem radicalmente. Passaram a família, os amigos e a realização pessoal para primeiro plano, disseram que não ao cargo importantíssimo que lhes roubava a tranquilidade e às despesas exageradas de um estilo de vida com estilo, mas sem vida. E, agora, contam-nos como se pode ser feliz longe de tudo o que a nós ainda nos prende. É um sinal dos tempos!

Beginner's Guide To Slow Down

Six Slow Secrets (and four more)

1. Have a cup of tea, put your feet up and stare out of the window. Warning: don’t try this while driving.
2. Spend some quality time in the bathtub.
3. Write down these words and place them where you can see them, “Multi-tasking is a Moral Weakness.”
4. Try to do only one thing at a time.
5. Do not be pushed into answering a question right away. Take your time.
6. Get some stuff to show you're slow.
7. Yawn often. Medical studies have shown lots of things and possibly that yawning may be good for you.
8. Have some more tea. Tea is the drink of the slow.
9. Join our slow story reminder list.
10. Take a nap and spend at least an hour extra in bed. You deserve it. If you need help getting out of bed, then read this. If you think you have a hard time getting to sleep then read this .
Note: If you just can't shake of an attack of seriousness, then amble slowly over to the slow blog http://www.blog.slowdownnow.org.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Vira o disco e toca o mesmo

Isto é o que anda a rodar no meu Jazz. On repeat, porque o álbum tem apenas 34 minutos e fico com a sensação que é uma música sem fim. Se gostarem, não faltem ao Optimus Alive! na próxima quinta-feira, porque estes rapazes vão andar por lá ao fim da tarde. Ah, eles são os Vampire Weekend e esta é a minha preferida I Stand Corrected!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Depois das cinzas de Cobain, a lápide de Curtis

"Pedra tumular de Ian Curtis roubada
A pedra tumular de Ian Curtis desapareceu do cemitério de Macclesfield, cidade onde o vocalista dos Joy Division nasceu.

O roubo terá acontecido entre terça-feira à tarde e quarta-feira de manhã. A polícia inglesa não tem qualquer indício sobre o paradeiro da pedra tumular, visto que o cemitério de Macclesfield - perto de Manchester - não dispõe de câmaras de vigilância."

Diário Digital, 03-07-2008

terça-feira, 1 de julho de 2008

Saúde pública


Durante o meu zapping nocturno, deparei-me com uma frase surreal, que me fez duvidar se ainda estava acordada ou no meio de um pesadelo. Belisquei-me e percebi que a realidade há muito que deixou de ser lógica! Refiro-me às sinceras (seriam?) palavras de Dias Loureiro a propósito do lançamento da biografia* do nosso caro Primeiro-Ministro. É que segundo o Diário de Notícias, o ex-ministro social-democrata desfez-se em elogios ao Sr. Engenheiro e chegou mesmo a afirmar que "O optimismo de Sócrates faz bem a Portugal." Por momentos, ainda pensei que se estivesse a falar de algum medicamento ou mesmo do afamado filósofo grego. Agora que penso nisto, não sei o que é pior: o facto de Sócrates estar optimista em relação ao que quer que seja ou o facto de o país precisar desse optimismo para estar bem de saúde. No que me toca, lembro-me de me ter ocorrido enquanto mudava de canal, que o Sr. de São Bento podia enfiar o seu optimismo pelo *@#& acima! Se calhar era o sono a falar mais alto...

*Sócrates, O Menino de Ouro do PS, da autoria da jornalista Eduarda Maio