terça-feira, 25 de novembro de 2008

Inspirador. No mínimo.

"Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.
Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.
Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.
Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.
Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.
Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas. Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que país seremos se não o fizermos."

Mário Crespo

Últimas compras

Comedida, controlada, consciente, poupada, racional é assim que me defino como consumidora. Antes de me atirar às tendências da estação, faço sempre uma vistoria completa ao meu querido roupeiro para decidir o que fica e o que sai. É que, de outra forma, não estão permitidos novos intens! A selecção é 80% racional e 20% emocional e processa-se mais ou menos da seguinte forma: se não usei no último ano, vai fora; se já não me serve ou fica mal, também; se está completamente fora de moda, fica sujeita a segunda apreciação; se me faz recordar uma fase menos boa, por muito gira que seja, vai fora. Assim, só fico com as peças que realmente uso, que me assentam bem e que não carregam más energias. As rejeitadas dividem-se entre as categorias "vai ficar lindamente a x" ou "há mais quem queira". Por fim, aquelas peças absolutamente demodé ficam no armário na secção "dias melhores virão", porque nunca se sabe quando voltarão a estar na moda... E, claro, ainda podem fazer um brilharete no Carnaval! Mas nem sempre a selecção é pacífica. Por um qualquer motivo irracional, vou insistindo em guardar um ou outro par de jeans tamanho 32 que jamais irei vestir. No meu inconsciente, escondo o sonho secreto de voltar a caber neles, o que é ridículo tendo em conta que já não sou uma criança, nem mesmo uma teen, e já visto o 36 com alguma dificuldade. Mulheres, diriam alguns! Tirando um ou outro momento de ansiedade, esta fashion cleaning até é terapêutica e pode bem substituir uma sessão de meditação ou psicanálise. E, no fim, ainda há aquela sensação gratificante de poder dar o que já não me serve e está em bom estado a quem realmente precisa.
Feita esta escolha, faço com a estante dos livros: este li e não vou voltar a ler; este li e é óptimo para x ler; este não li, mas vou ler mais tarde; este gostei e vou voltar a ler; este gostei tanto que preciso de comprar mais deste autor, etc. Só fica o necessário e o superfluo vai embora, porque livros a ganharem pó são um desperdício, por isso mais vale encontrar-lhes um novo dono do que votá-los ao abandono. E, depois da última sessão de terapia arrumacional, fui para a FNAC gastar os meus últimos Cadeos nestas três "novidades":



E, se a eles juntarmos umas quantas pecitas de roupa, sinto-me quase uma SHOPAHOLIC!!!!

domingo, 23 de novembro de 2008

A Música da Semana

Lembram-se daquele post em que vos falei que estava a preparar-me para recomeçar? Pois bem, tal como andei a apregoar nos últimos meses, vou mesmo mudar de trabalho em Janeiro! Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura, já diziam os antigos... Vou deixar o jornalismo em stand-by e atirar-me à gestão de marketing. A empresa é nova, o conceito também e eu estou sempre pronta para aprender. Com um pouco de sorte e os contactos certos, ainda ganho balanço para realizar alguns sonhos. E esta experiência servirá de trampolim para, mais tarde ou mais cedo, CRIAR algo MEU!

Por isso, deixo-vos com uma brilhante versão de Changes do Bowie, escrita e cantada pelo carismático Seu Jorge.

Pecado mortal

Tenho uma inveja incomensurável dos egoistas. Daqueles que fazem o mundo girar à sua volta. Que conseguem sempre fazer prevalecer a sua vontade à dos outros. Que não se importam de quebrar promessas por motivos de força maior - leia-se a sua vontade. Que esperam que os outros esperem por eles e, que sabem, que se não esperarem são os outros que perdem. Que estão cobertos de razão venha o que vier. Que não têm a generosidade de deixar de fazer o que querem para agradar aos outros. E imagino que à noite ainda durmam como uns anjinhos!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O "anúncio"

Jovem licenciada com medo de morrer de tédio, procura uma oportunidade para aprender coisas novas e mostrar o que vale.

Oferece:
-Formação em Ciências da Comunicação;
-Experiência de três anos em jornalismo;
-Experiência recente em guionismo;
-Experiência na organização de pequenos eventos empresariais;
-Dinamismo, criatividade, perseverança, empenho e paixão;
-Facilidade em comunicar e estabelecer relações intra-pessoais;
-Interesse por música, cinema, teatro e expressões artísticas em geral;

Aceita:
-Remuneração acima do nível de exploração;
-Ofertas de trabalho nas áreas de comunicação social e institucional, projectos culturais, produção e redacção audiovisual;
-Desafios e actividades que estimulem o crescimento pessoal e profissional;
-Viajar dentro e fora do país, se necessário;

Gostaria de:
(se não fosse pedir muito...)
-Trabalhar com pessoas interessantes e com garra;
-Desempenhar funções na área da Grande Lisboa ou fora do país;
-Estar constantemente a aprender;
-Que os dias não fossem sempre iguais;

Se alguém conhecer alguém que tenha ouvido falar de alguém que esteja à procura de alguém como eu, não hesite em contactar através do mail correiovertiginoso@gmail.com. Já sei que somos muitos à procura mais ou menos do mesmo, mas não custa nada tentar!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Figas

É o que vou fazer até saber o resultado das eleições. Por enquanto, contento-me com o facto de Obama ter bom gosto musical. Esperemos que seja ele o Mr. November!

PS: A músicade fundo (Fake Empire) é dos The National e faz parte de Boxer.
PS2: Tive de tirar o video, porque encravou-me o blog. E, como eu não sou de contrariar as máquinas, achei melhor fazer-lhe a vontade.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Anti-stress urbano

A propósito do post anterior, lembrei-me de uma sugestão brilhante para melhorar a vida nas cidades: um espaço para gritar a plenos pulmões! Esta ideia luminosa partiu de uma menina de 8 anos e ouvi-a em tempos no programa do Alvim. Não acham que seria útil?

Maluquices

Porque a vida urbana (às vezes) é demasiado stressante, temos de perder a cabeça (de vez em quando) a bem da nossa sanidade mental! E, a pensar em todos os que andam embrenhados neste caos organizado, o grupo Todos a Marar preparou um evento muito especial: uma LUTA DE ALMOFADAS. Aqui fica o vídeo desta bizarra guerra, que teve lugar na Praça Luis de Camões, em Lisboa. Ah, e parece que é terapêutico, por isso se fosse pago devia deduzir-se no IRS!



PS: A ideia do post foi "roubada" ao Il Messagero do Desbobina, um blog a visitar!