sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Frase do dia

"Não procures o príncipe encantado. Procura antes o lobo
mau: vê-te melhor; ouve-te melhor e ainda te come."

Sim, esta frase foi proferida aqui no estaminé de Queluz de Baixo. Sem dúvida, um sábio conselho para o fim-de-semana. Não vá a malta confundir o príncipe encantado com o lobo mau e ficar a chuchar no dedo!

Ate que enfim!!!!



Passadas 300 horas e 3000 caracóis, finalmente consegui postar um vídeo... Coisa simples para qualquer cibernauta de meia-leca, mas demasiado rebuscada para esta vossa amiga, que gosta mesmo de complicar!

E como este é o primeiro vídeo do resto da minha vida, nada melhor do que a Naive, dos The Kooks. Porque me lembra o Verão, as noites a um passo do mar, os sorrisos dos amigos, o bronzeado, as extenuantes aulas de surf e muitas outras coisas. Afinal, era esta a música de fecho do Café da Praia, uma espécie de Vitinho, que nos convidava a beber ali mais um (ou dois) copos e ir para outro lado!

A nao perder!




A Companhia Teatral Inestética leva à cena A Metamorfose, a partir da obra homónima de Kafka. Rita Leite e Alexandre Lyra Leite reinventaram o universo kafkaniano e o resultado é uma peça recheada de humor negro e de momentos de comédia física brilhantes. Tudo isto numa roupagem muito mais fresca do que o esperado, que surpreende, mas não desilude. O trabalho da coreógrafa Catarina Trota merece especial destaque, assim como as interpretações de Margarida Cardeal e Isabel Galvão. Sobe ao palco do Palácio do Sobralinho, Vila Franca de Xira, de quinta a Sábado, ás 22h00, e Domingo, ás 21h00. Até 30 de Março.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Singin' in the rain



Porque nem tudo é cizento nesta triste segunda-feira, aqui fica a letra de uma música para cantar à chuva. Haverá algo mais romântico do que um beijo com o rosto a pingar e os pés molhados?

Você, manhã de tudo meu
Você, que cedo entardeceu
Você, de quem a vida eu sou
E sei, mas eu serei.

Você, um beijo bom de sol
Você, de cada tarde vão virar
Sorrindo de manhã.

Você, um riso indo à luz
A paz de céus azuis
Você, sereno bem de amor em mim.

Você, tristeza que eu criei
Sonhei você pra mim
Vem mais pra mim, mas só.

Depois da tempestade...

...vem mais chuva!

Ontem, a RTP exibiu o programa "E depois do adeus" sobre as maiores cheias de sempre, enquanto a capital adormecia alagada. E, hoje, a Grande Lisboa acordou mergulhada num caos! Será obra do destino? Ou será que não aprendemos nada durante estes anos todos e continuamos a cometer os mesmos erros? Correndo o risco de estar a chover no molhado, parece-me que há aqui dedo do homem. Já dizia o povo para não guardar para amanhã o que se pode fazer hoje, mas o certo é que não se aposta na prevenção e o resultado está à vista de todos. Quanto ao programa, não deixa de ser uma ironia!

Xiu! Nao contem a ninguem...


A rua não é das mais frequentadas. A porta escondida atrás dos arbustos adensa o mistério. Quem passa, espreita, mas raras vezes se atreve a entrar. A inscrição à entrada ("Após o termino do horário público, este espaço está reservado aos seus sócios") dissuade os mais curiosos, que depois de a lerem voltam para trás. Talvez com medo de penetrarem num mundo desconhecido, quiçá perigoso. Talvez receosos de serem postos de parte ou olhados de lado.
Eu sabia ao que ia. Entrei sem medo e conto voltar. A Associação dos Loucos e Sonhadores é um desses segredos do Bairro Alto, que vai passando de boca em boca num sussuro. O espaço é acolhedor - quente sem ser abafado - e tem uma aura de clube secreto. Faz-nos lembrar reuniões de revolucionários, tertúlias, encontros poéticos, discussões filosóficas. E, ao mesmo tempo, parece-se tanto com uma qualquer sala de estar que depressa nos sentimos em casa. O atendimento familiar, os preços muito simpáticos, a música cheia de bom gosto e os livros espalhados por todos os cantos também ajudam. Sabe mesmo bem ficar por lá a preguiçar...
Não vos posso é dizer onde fica: descubram! Afinal, o Santo Graal também não está à disposição de todos.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

"É terrível ter o destino da onda anónima morta na praia."

Ruy Belo

A saga continua

Tenho esta mania de sonhar. É um hábito antigo, uma espécie de vício que não consigo largar. Já devia ter aprendido que sonhar magoa. Que planear, projectar e organizar gera uma enorme ansiedade. E, claro, quando as expectativas não são logradas, a frustração preenche o vazio enorme dos sonhos que se foram. Coisas simples. Sem importância para alguns. Ainda assim, não aprendo a lição e continuo a deixar-me levar pela minha imaginação. Continuo a acreditar que se fizer isto e aquilo talvez a realidade se pareça um pouco mais com ela. Mera ilusão.

São coisas tão pequenas. Uma casa confortável onde apeteça estar, um trabalho estimulante à minha altura, um certo orgulho no olhar, mais confiança a cada dia que passa. Será que é pedir muito?