terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Caos Calmo...

Sinto-me como a personagem de um filme. Ou por outra, sinto-me como o espectador que assiste sentado no cinema ao filme da sua vida. Os eventos sucedem-se em cadeia, sem que eu consiga reagir. Ou reflectir. Ou até sentir. O ano começou auspicioso, cheio de mudanças. A casa a estrear, o novo emprego, as perspectivas de uma carreira fulgurante num projecto inovador e ainda no começo. Tudo diferente do que eu experimentara até agora. Tudo o que pedira até então.

Passou um mês. Um mês apenas... O suficiente para eu perceber que, de facto, não há empregos perfeitos. Que os algarismos a mais na conta do banco nem sempre pagam a tranquilidade de espírito. Que sem um bom ambiente é difícil construir uma boa equipa. E que só as perspectivas de futuro nos podem fazer lutar por um projecto.

Passou um mês. Um mês apenas... O suficiente para criar um laço cúmplice. Para partilhar conquistas e frustrações. Para fazer projectos e vê-los cair por terra. Um mês apenas... O suficiente para a minha colega (e agora amiga) dizer basta e abandonar o barco. Para eu apanhar os cacos e tentar começar do zero novamente, como se nada fosse.

Passará mais um, dois, três, quem sabe? E eu deixarei para trás este caos calmo e lançar-me-ei outra vez à aventura. Baixar os braços é que não!



PS: E no meio deste turbilhão de emoções sabiamente recalcadas, surge uma preocupação maior... O medo da perda do meu querido avô... Porque, como aprendemos no filme, quase tudo na vida é reversível!

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