quarta-feira, 9 de abril de 2008

O Indie e eu...


...não temos tido uma relação fácil. Ou por outra, não nos temos relacionado de todo. Com muita pena minha, temo-nos desencontrado. É sempre assim: quando ele se prepara para me mostrar as novidades do cinema independente, surgem compromissos inadiáveis que me arrastam para longe dele. Por isso, este ano prometi a mim mesma que não ia perdê-lo de vista! E, claro, o destino tentou afastar-nos de novo... Tudo por causa de uma viagem ao Brasil marcada à três pancadas sem ter em atenção este pormenor. Respirei de alívio quando confirmei que as sessões teriam início na noite de 24 de Abril, o que me deixa com dois dias para desfrutá-lo. Saber-me-à a pouco? Talvez, mas as relações fugazes por vezes são mais intensas e deixam (quase) sempre um sabor especial.

Este ano, o Indie vai dar-nos música! Uma excelente surpresa, sobretudo para mim que vou poder (re)encontrar o Lou Reed no Teatro Maria Matos, às 23h45, do primeiro dia do certame. Se fosse em pessoa era ainda mais interessante, mas já fico contente com o filme de uma série de concertos gravados em 2006. Com um pouco de sorte, consigo também assitir à ante-estreia de My Blueberry Nights, de Wong Kar Way, umas horas antes, no Cinema São Jorge. No dia seguinte, tenho encontro marcado com os Joy Division, ou melhor, com o documentário homónimo assinado por Grant Gee. Apaixonei-me por eles quando me preparava para ver o Control, de Anton Corbijn, e a minha curiosidade acerca dos rapazes de Manchester ainda não está satisfeita. Por ver, vai ficar a adaptação de Terra Sonâmbula para o grande ecrã, entre muitos outros. Como eu invejo a Teresa Prata por realizar um filme a partir de uma obra de um dos meus escritores preferidos, Mia Couto. Resta esperar que cheguem ao circuito comercial!

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