A separação aproxima-se. Vertiginosamente. Se há retorno, não sabem. Nem querem. Nem vale a pena fazer perguntas sobre o futuro ou criar expectativas acerca de uma relação que sabem efémera e inviável. E aqui reside a sua beleza e a intensidade com que a vivem. São pássaros livres, duas almas sem amarras, sem vontade de ancorar num só porto. Talvez mais tarde. Talvez nunca mais.
Ela tem um porto de abrigo ao qual regressa depois de cada tempestade, que a acolhe e conforta. Alguém que a aceita como é. Completam-se: ela leva-lhe as histórias do seu mundo no olhar; ele oferece-lhe a paz e o equilíbrio que mais ninguém lhe consegue dar. Por alguns instantes apenas. O outro, único e irrepetível, vagueia entre a vontade de criar laços e a necessidade visceral de partir. Era inevitável: não conseguiram resistir-se. Entre eles, a música, a noite, o rio, a poesia… e a paixão. Nada mais. Ele partirá não tarda nada e o destino mantém-se desconhecido. Eventualmente, também ela terá a coragem de partir um dia. Ao seu encontro, quem sabe?
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