Aterrámos em solo holandês à hora exacta. A fama do aeroporto não o desfavorece em nada. Schiphol é tão imponente e movimentado quanto dizem, mas é fácil andar por lá sem perder o norte. As malas não demoraram mais de vinte minutos e num instante estávamos na plataforma para apanhar o combóio. Vinte minutos depois, chegámos ao centro da capital, mais concretamente à caótica Centraal Station. Os avisos pendurados por toda a parte exigem precaução: "Beware of the pickpockets!" As bicicletas espalhadas por todos os cantos, marca inconfundível de um povo que sabe viver, mostram-nos que estamos no sítio certo. E ali vai o nosso eléctrico. "Wait, wait, please. Do you stop in Museumplein?" À primeira vista, a cidade está toda em obras... O eléctrico faz um percurso sinuoso e, por enquanto, só vejo buracos e mais buracos, gruas e cimento. "Ok. É aqui."
Ah, agora sim. O Concertgebouw é belíssimo! O edifício, idealizado por Van Gendt, abriu as portas em 1888 e é considerada uma das melhores salas de espectáculos do mundo*. O interior á grandioso e o cartaz digno de respeito. Pena é não termos chegado a tempo dos famosos concertos gratuitos, às quartas ao almoço!
O Bema é já do outro lado da rua e a vizinhança parece tranquila e agradável. Já refeitos da subida das íngremes escadas, reparámos que a realidade era bem mais gasta e deslavada do que as fotografias publicadas no site do hotel. Na recepção, fomos muito bem tratados pela Nela, uma senhora com maquilhagem à drag queen muito simpática, que recebeu o pagamento adiantado de cinco noites e nos encaminhou ao quarto número 7. A desilusão devia estar estampada no meu rosto, porque mal entrámos ela perguntou-nos dezenas de vezes se não tínhamos gostado! Respirei de alívio quando ela nos deixou a sós e pude por fim dizer de minha justiça. Como já devem ter reparado, sou bastante crítica e exigente, mas será que se podia pedir mais de um quarto duplo por €70 com pequeno-almoço? Provavelmente, não e agora não havia nada a fazer. Afinal, íamos passar tanto tempo fora, que este era o menor dos nossos problemas. Soltei uma gargalhada e deixei o quarto atrás das costas. O Chelsea e o Manchester já estão a jogar e ainda temos de encontrar um bar com televisão e algo para comer...
*A fadista portuguesa Ana Moura actuou lá ontem, dia de Portugal
Ah, agora sim. O Concertgebouw é belíssimo! O edifício, idealizado por Van Gendt, abriu as portas em 1888 e é considerada uma das melhores salas de espectáculos do mundo*. O interior á grandioso e o cartaz digno de respeito. Pena é não termos chegado a tempo dos famosos concertos gratuitos, às quartas ao almoço!
O Bema é já do outro lado da rua e a vizinhança parece tranquila e agradável. Já refeitos da subida das íngremes escadas, reparámos que a realidade era bem mais gasta e deslavada do que as fotografias publicadas no site do hotel. Na recepção, fomos muito bem tratados pela Nela, uma senhora com maquilhagem à drag queen muito simpática, que recebeu o pagamento adiantado de cinco noites e nos encaminhou ao quarto número 7. A desilusão devia estar estampada no meu rosto, porque mal entrámos ela perguntou-nos dezenas de vezes se não tínhamos gostado! Respirei de alívio quando ela nos deixou a sós e pude por fim dizer de minha justiça. Como já devem ter reparado, sou bastante crítica e exigente, mas será que se podia pedir mais de um quarto duplo por €70 com pequeno-almoço? Provavelmente, não e agora não havia nada a fazer. Afinal, íamos passar tanto tempo fora, que este era o menor dos nossos problemas. Soltei uma gargalhada e deixei o quarto atrás das costas. O Chelsea e o Manchester já estão a jogar e ainda temos de encontrar um bar com televisão e algo para comer...
*A fadista portuguesa Ana Moura actuou lá ontem, dia de Portugal
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