Quem costuma frequentar o Fonte Nova, ali em Benfica, sabe bem que no parque de estacionamento os arrumadores brotam que nem cogumelos. O mais curioso é que os lugares são tantos e tão fáceis de encontrar que a ajuda se torna completamente dispensável! Ora, eu que sou moradora deste simpático bairro e pouco adepta de grandes superfícies, desloco-me a este centro comercial de dimensões mais simpáticas com bastante frequência. E, claro, assim que estaciono , tento despachar-me para escapar ao "Tem alguma coisa para me ajudar?" do costume. Provavelmente, isto foge ao politicamente correcto, mas que atire a pimeira pedra quem já não fez o mesmo.
Moralismos à parte, ainda esta semana passei por uma situação bastante caricata, que veio validar a minha conduta. Estava eu a sair do carro e um deles abeirou-se a correr - até aí estava traquilamente sentado no passeio a trocar impressões com um colega e a beber uma cerveja - com a frase certeira "Oh, jovem não me dá uma ajuda para comer?". A resposta tantas vezes repetida saiu-me natural: "Dou depois, que agora não tenho." Por acaso, até era verdade e, pelo sim pelo não, tinha uma moeda pronta no regresso. Não me demorei muito e, quando já estava dentro do carro, o jovem bate-me ao vidro - depois de deixar o seu poiso e a cerveja - para reclamar o que lhe era devido pelo árduo serviço que me havia prestado. Entreguei-lhe a moeda e segui. Qual não é o meu espanto, quando o apanho especado a fazer-me sinais e a dizer: "Vinte cêntimos? Isto não dá para nada!"
Se calhar, estava à espera que lhe pagasse uma grade de cerveja para aguentar o trabalho pesado!
quarta-feira, 23 de abril de 2008
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